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12-2023

Conheças as incríveis imagens subaquáticas vencedoras do concurso DPG Masters 2023

O Dive Photo Guide (DPG) anunciou as imagens vencedoras da edição 2023 do seu concurso internacional de fotografia subaquática. Com sete categorias e inscrições de milhares de fotógrafos de várias partes do mundo, a competição distribuiu medalhas de ouro, prata e bronze e duas menções honrosas por categoria. O “Best in Show”, ou seja, o melhor fotógrafo entre todos, conforme a comissão julgadora, foi o italiano Marco Gargiulo, por uma imagem que mostra o Monte Vesúvio coberto de neve e um peixe jovem (choupa) pegando carona em uma água -viva – a foto também levou a medalha de Ouro na categoria “Acima-abaixo”. Para ver todas as fotos premiadas, acesse https://encurtador.com.br/tINT7.

Gargiulo nomeou sua foto de “Passageiro” e conta que não é sempre que se vê neve no vulcão Vesúvio no Golfo de Nápoles – ele mora, em Sorrento.  “Sempre quis fazer uma foto com o Vesúvio ao fundo e finalmente consegui. Durante um mergulho na área da Marina Grande de Sorrento, o vento empurrou uma grande quantidade de águas-vivas ao longo da costa. Tive muita sorte de encontrar uma que tinha um pequeno passageiro à bordo, uma choupa juvenil”, diz o fotógrafo italiano.

Na categoria “Tradicional”, a medalha de Ouro ficou com o fotógrafo subaquático francês Fabien Michenet, com a foto “Leões-marinhos em ação”, captada em Magdalena Bay, na Baja Califórnia, México.  Michenet informa que todos os anos, no sul da Baía Magdalena, na costa mexicana do Pacífico, ocorre uma “corrida” de sardinhas entre outubro e novembro. À medida que milhões delas se reúnem em enormes cardumes, baleias, marlins, leões-marinhos do Pacífico e outros predadores são atraídos para a festa. “Depois de algumas horas de busca, encontrei esse cardume de sardinhas densamente compactado. De repente, um grupo de leões-marinhos tomou conta da área, negando o acesso de outros predadores. Mantendo o sol às costas, posicionei-me de forma que a cena ficasse iluminada simetricamente, clicando enquanto a bola de peixes agitados, cercada por leões marinhos, se afastava”, conta Michenet.

O britânico Byron Conroy foi o medalha de ouro na categoria Macro com uma imagem de um peixe-rã registrada no Estreito de Lembeh, em Sulawesi, na Indonésia. Conroy afirma que há muito é um admirador do peixe-rã, pois a forma como caçam o fascina. Por isso, o desafio foi capturar esse comportamento em particular era o que ele buscava. “Para fazer a foto, esperei pacientemente pelo momento em que ele soltasse sua isca. O fundo preto chamou mais a atenção para a ação e foi escolhido para dar a ideia de que qualquer refeição em potencial poderia estar prestes a entrar em cena”, comenta Conroy.

Na categoria “Grande angular”, a medalha e ouro ficou com o Suliman Alatiqi, do Kuwait, que captou uma imagem de um macaco comedor de caranguejo olhando para a água da borda de uma plataforma rochosa nas Ilhas Phi Phi, na Tailândia. “Após percorrer as ilhas desconhecidas pelos seus macacos, notei que os animais tendem a permanecer nas falésias perto da água durante o dia. Isso me fez pensar na possibilidade de capturar uma perspectiva subaquática do animal com a paisagem acima. O maior desafio foi iluminar um tema completamente acima da água, pois não queria uma silhueta. Depois de algumas experiências, esperei pacientemente pela oportunidade certa e consegui prender a respiração nesse momento. O macaco parecia curioso sobre minha abordagem, o que se tornou a foto possível”, diz Alatiqi.

Yinan Liu, da China, obteve a medalha de ouro na categoria “Conservação”, com uma foto chocate de carcaças de tubarões feita também em Magdalena Bay, na Baja Califórnia, México. “Quando saímos para o mar pela manhã, passamos por uma pequena ilha e vimos os pescadores cortando tubarões e jogando as partes não utilizadas na praia. Quando voltamos à tarde, devido à maré alta, as partes abandonadas foram trazidas para o mar. Mergulhei e captei a cena comovente. Espero que isso ajude mais pessoas a trabalhar  para proteger os tubarões. Se não houver comércio, não haverá matança”, afirma Liu.

Na categoria “Preto e Branco”, o ganhador da medalha de ouro foi o americano Martin Broen com ima imagem realizada no Cenote Xa’ay Ha, em Tulum, península de Yucatán, no México. Broen diz que ao longo de 2023 teve o prazer de capturar a beleza de mais de 250 cenotes mexicanos diferentes. “Um dos aspectos mais fascinantes desses sistemas de cavernas é o seu impressionante recinto e decoração, e a capacidade que temos de nos movermos livremente para explorá-los em todas as direções e em um ambiente perfeitamente translúcido. Nada exemplifica melhor essa liberdade do que romper com suas restrições bidimensionais e entrar em túneis verticais, como se estivéssemos entrando em um universo paralelo”, avalia.

Na categoria “Água Escura”, a medalha de ouro foi obtida pelo sueco Magnus Lundgren com uma foto de um polvo feita em Anilao, na Baía de Balayan, em Batangas, nas Filipinas. Ele conta que foi uma noite dramática, pois o vulcão Taal estava em erupção, lançando fogo no céu escuro e o  som trovejante de terremotos era percebido no fundo do oceano. “Então, esse polvo feminino apareceu do nada, do escuro, na frente da minha câmera. Começou a desenrolar sua capa, terminando nessa pose de Batman. Olhos falsos decorando sua faixa estilo flamenco entre os braços me encararam. Acredita-se que a capa seja usado para assustar ou confundir predadores”, afirma Lundgren.

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