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04-2025

O fotógrafo brasileiro Gui Christ vence a categoria Retrato do Sony World Photography Awards 2025

Retrato de Inagê Kaluanã, feito por Gui Christ em Salvador (BA), que representa a chegada do orixá Exu ao Brasil, causada pela migração forçada do povo Yorubá escravizado

A organização do Sony World Photography Awards, um dos principais concursos do mundo, anunciou no dia 16 de abril os vencedores de 2025 em uma cerimônia de gala em Londres, Inglaterra. Entre eles está o brasileiro Gui Christ, que obteve o primeiro lugar na categoria Retrato com a série “M’kumba”, projeto em andamento que ilustra a resiliência das comunidades afro-brasileiras diante da intolerância religiosa no País. Outros fotógrafos dois brasileiros também se destacaram: André Tezza, que ficou em segundo lugar na categoria Arquitetura e Design (vencida pela canadense Ulana Switucha), e Lalo de Almeida, segundo lugar na categoria Paisagem (que teve como ganhador o japonês Seido Kino). 

O olhar de Lalo de Almeida para a paisagem destruída: uma grande barreira de fogo avançando sobre o Pantanal na região de Miranda (MS), na época dos enormes incêndios na região

Já o prestigioso título de Fotógrafo do ano 2025 foi outorgado ao renomado britânico Zed Nelson pela série The Anthropocene Illusion – ele foi escolhido entre os dez vencedores da competição Profissional. Além disso, o Sony World Photography Awards proclamou os vencedores das competições Aberta, Estudantil e Juvenil e revelou o nome escolhido pera receber o prestigioso prêmio Outstanding Contribution to Photography, que em 2025 foi dado para a famosa fotógrafa documental americana Susan Meiselas.

Foto de André Tezza feita em San Ignacio, Belize: ele viajou pela América Central para documentar uma arquitetura simples que reflete a funcionalidade necessária ao ambiente, como evitar inundações e melhorar a ventilação

Os demais ganhadores foram a britânica Rhiannon Adam em Criatividade (nesta categoria, a brasileira Carolina Krieger ficou entre os finalistas); o alemão Toby Binder (Alemanha) em Projetos Documentais; o peruano Nicolás Garrido Huguet em Meio Ambiente; a britânica Laura Pannack em Perspectivas; a italiana Chantal Pinzi em Esportes (que teve a brasileira Tanara Stuermer entre os finalistas); o alemão Peter Franck em Natureza Morta; e Zed Nelson em Natureza Silvestre.

Chimpanzé no Parque de Animais Selvagens de Xangai, na China, fotografado por Zed Nelson: em seu habitat natural, esses primatas passam a maior parte do dia no topo das árvores e vivem em sociedades que variam entre 20 e 150 indivíduos

Na categoria Aberta, o francês Olivier Unia, vencedor da categoria Movimento, foi eleito o Fotógrafo do Ano entre os não profissionais. Nas demais categorias, os ganhadores foram o chinês Xuecheng Liu em Arquitetura; o japonês Hajime Hirano em Estilo de Vida; o filipino Jonell Francisco em Criatividade (a brasileira Ana Leal foi finalista nesta categoria); o singapurense Ng Guang Ze em Paisagem; o francês Estebane Rezkallah em Natureza e Vida Silvestre; a dinamarquesa Sussi Charlotte Alminde em Objetos; o gabonês Yeintze Boutamba em Retrato; o indonésio Khairizal Maris em Fotografia de Rua; e o esloveno Matjaž Šimic em Viagens.

Uma das imagens de Chantal Pinzi: Shradda Gaikwad, 18, campeã nacional, é um exemplo para meninas do Índia que lutam contra o machismo e o preconceito para praticar skate, que vitou um símbolo da resistência contra o patriarcado

 Já na categoria Estudantil a primeira colocação ficou com a peruana Micaela Valdivia Medina. E na categoria Juvenil, o ganhador foi o taiwanês Daniel Dian-Ji Wu, de 16 anos. Para conhecer todos os premiados e os finalistas das diversas categorias, acesse: www.worldphoto.org.

O alemão Toby Binder documenta o que significa para os jovens da Irlanda do Norte, todos nascidos após a assinatura do acordo de paz com o Reino Unido, crescer sob uma tensão intergeracional em bairros protestantes e católicos


A canadense Ulana Switucha venceu o concurso como projeto “Banheiros de Tóquio”. que documenta a construção de banheiros públicos modernos, vistos tanto como obras de arte quanto um serviço público

A fotógrafa Laura Pannack documentou a violenta comunidade Cape Flats, governada por gangues, na Cidade do Cabo, África do Sul, onde o deslocamento diário traz o risco de morte e que tem no centro juvenil Hope um lugar seguro para os jovens

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