Entre as mais de 50 mil fotos inscritas no Wildlife Photographer of the Year de 2023, 25 delas foram selecionadas pelos jurados e pelo Museu de História Natural de Londres para uma votação do público. A ganhadora, anunciada em fevereiro de 2024 depois de meses de votação, foi a foto “Cama de gelo”, de Nima Sarikhani, do Reino Unido, que mostra um urso polar dormindo em um pedaço de iceberg, ao largo do arquipélago norueguês de Svalbard. 

Depois de passar três dias à procura de ursos polares em meio a uma espessa neblina, o navio de expedição em que Nima estava decidiu mudar de rumo: seguiu para sudeste, onde ainda havia algum gelo marinho. Lá eles encontraram um urso mais jovem e um mais velho. Pouco antes da meia-noite, o jovem macho subiu em um pequeno iceberg e, usando suas patas fortes, arranhou-o para conseguir uma “cama” antes de adormecer. A foto foi feita com uma Canon EOS-1D X Mark III e lente 70-200 mm f/2.8 em zoom máximo.  

A segunda imagem mais votada foi imagem capatada pelo norueguês Audun Rikardsen, que mostra medusas-da-lua (águas-vivas) em um fiorde nos arredores de Tromsø, no norte da Noruega, iluminadas pela Aurora Boreal – é comum que esta espécie se reúna às centenas sob a luz desse fenômeno. Com muita técnica, Rikardsen conseguiu captar o reflexo das cores do céu na superfície da água e, ao mesmo tempo, iluminar as águas-vivas com flashes.  

A terceira imagem mais votada é de autoria do queniano Mark Boyd e mostra duas leoas fazendo carinho em um filhote no Parque Maasai Mara, no Quênia. O fotógrafo explica que as leoas criam os filhotes umas das outras como se fossem seus, compartilhando os deveres maternais.