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08-2024

Confira o olhar de ouro de Jonne Roriz em exposição no Senac-Santo Amaro

Em cartaz até o dia 25 de outubro de 2024 na Biblioteca do Centro Universitário Senac, em Santa Amaro, zona sul de São Paulo (SP), a exposição “A Olimpíada pelo Olhar de Jonne Roriz” é uma chance única de ver e aprender com um dos grandes nomes da fotografia brasileira quando o assunto é esportes. Além de reunir a elite do esporte mundial, os Jogos Olímpicos também recebem os melhores fotógrafos escalados por jornais, revistas, portais e agências. Jonne Roriz faz parte desse seleto grupo e esteve na cobertura de cinco Olimpíadas – a primeira, em 2004.

Foto 1

O nadador americano Caeleb Dressel em ação nos 100 metros borboleta no Jogos de Tóquio em 2021

Com a capacidade de captar grandes imagens de qualquer esporte olímpico, Roriz também tem sua especialidade: as modalidades aquáticas, como natação, saltos ornamentais, nado sincronizado, polo aquático, vela, remo, canoagem e surfe. Boa parte de sua produção em Jogos Olímpicos está ligada a esses esportes, especialmente à natação, na qual o brasileiro é apontado como uma dos melhores do mundo.

Foto 2

A brasileira Sara Menezes vence a luta final e ganha a medalha de outro nos Jofos de Londres em 2012

Um exemplo é a foto que ele fez do multicampeão olímpico Michael Phelps nos Jogos Olímpicos de Atenas, em 2004: ao observar as primeiras provas do nadador americano, percebeu que, em determinado instante, quando ele emergia para dar uma braçada, criava uma bolha de água em torno da cabeça e das costas. Para conseguir essa imagem, numa fração de segundo, Jonne teve que fazer muitas tentativas. A foto foi considerada uma das mais criativas na cobertura das provas olímpicas pela Federação Internacional de Natação (FINA) – esse feito o ajudou a se tornar o único brasileiro credenciado pela FINA para fazer imagens subaquáticas com câmera remota (colocada no fundo da piscina em caixa-estanque) em competições como o Campeonato Mundial e os Jogos Olímpicos.

Foto 3

O nadador americano Michael  Phelps envolvido numa fina bolha de água durante os Jogos de Atenas, em 2004

O fotógrafo começou a carreira como freelancer da agência Cooperfoto em Salvador (BA), sua terra natal, e depois foi contratado pelo jornal A Tarde, o principal da Bahia. Mudou-se para São Paulo e passou a fazer parte da equipe do Estadão em 2000. Quatro anos depois foi escolhido para ser o fotógrafo do jornal em Atenas, na Grécia, sua primeira cobertura de Jogos Olímpicos.

Foto 4

A final dos 100 metros rasos nos Jogos de Londres em 2012 com a vitória do jamaicano Usain Bolt

Em 14 anos de Estadão, Jonne Roriz cobriu três Jogos Pan-Americanos, três Olimpíadas e três Copas do Mundo. Conquistou ainda cerca de 20 prêmios de fotografia nesse período, entre eles o Picture of the Year Internacional de 2006 e de 2014. Deixou o jornal em 2013 para atuar como fotógrafo independente, mas manteve seu vínculo com a área esportiva: em 2016, foi o coordenador da equipe de fotógrafos do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) durante a Olimpíada do Rio de Janeiro e em 2021 voltou a atuar pelo COB na cobertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio – adiados em 2020 em virtude da pandemia de covid-19. Ainda esteve nos Jogos Pan-Americanos de Lima (2015) e Toronto (2019).

Foto 5

O momento que deu a Maurren Maggi a medalha de ouro no salto em distância nos Jogos Olímpicos de Pequim, em 2008

Uma foto marcante dos Jogos de Tóquio entrou para a história do esporte brasileiro, já que a brasileira Ana Marcela Cunha, campeã do mundo por seis vezes de natação em águas abertas, ganhou finalmente uma medalha de ouro olímpica. A imagem da nadadora, baiana como Jonne, se tornou icônica por um detalhe sutil: o peixinho que voava sobre ela no momento do clique.  Ele captou a imagem de uma plataforma para fotógrafos uma telezoom 70-200 mm. Quando ela se preparou para tomar ar, ele estava a cerca de 5 metros da nadadora e, nesse instante, percebeu o vulto de um peixe. Disparou uma rajada 10 imagens em por segundo. Depois, ao conferir, viu que na imagem não estava o peixe maior que havia vislumbrado, mas sim outro, menor, que tinha entrado e saído de foco na sequência das imagens. Em uma delas, em uma fração de segundo, a focalização ficou perfeita, assim como a posição do peixe no enquadramento.

Foto 6

Um peixinho “voa” acima da brasileira Ana Marcela Cunha na maratona aquática em que ela obteve a medalha de ouro em Tóquio 2021

Serviço: Exposição “A Olimpíada pelo Olhar de Jonne Roriz”, na Biblioteca do Centro Universitário Senac – Campus Santo Amaro , Av. Eng. Eusébio Stevaux, 823, de segunda a sexta, das 8h às 22h; sábados, das 8h às 14h; entrada gratuita.

Foto 7

O movimento congelado no salto da ginasta Rebeca Andrade nos Jogos de Tóquio em 2021

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