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05-2023

A magia da Via Láctea em grandes imagens premiadas

O sexto concurso anual de Fotógrafo do Ano da Via Láctea, realizado pelo blog de fotografia de viagens e aventuras Capture the Atlas, teve anunciado os seus vencedores. No total, foram premiados ao todo 25 fotógrafos de 16 países diferentes entre mais de 3 mil inscrições. Veja a seguir algumas das imagens que se destacaram

Fábrica de estrelas de Cayafate, de Gonzalo Javier Santile – “Para fazer essa foto, cheguei antes da ‘hora azul’ e, assim que as primeiras estrelas apareceram, com alguma luz ainda brilhando na paisagem, capturei as imagens para o primeiro plano. Depois, quando estava completamente escuro, fiz s fotos verticais do céu”, explica Santile, que usou uma DSLR Nikon D750 modificada para astrofotografia com uma lente Tamron 15-30 mm f/2.8. A câmera modificada ajudou a capturar as cores avermelhadas da Via Láctea. O céu foi registrado durante um período de 43 segundos com a ajuda de um rastreador de estrelas.

Gigi Hiu brilhando no escuro, por Gary Bhaztara – “Já visitei esse local mais de 30 vezes; agora me sinto em casa”, diz Bhaztara. A Praia Gigi Hiu fica na zona rural da Ilha de Sumatra, na Indonésia. “Ao trabalhar aqui tenho que garantir que as condições da maré sejam perfeitas porque as ondas vindas do Oceano Índico podem ser grandes e bater forte contra a costa, o que pode ser perigoso”, acrescenta Bhaztara.

Interestelar, por Jose Luís Cantabrana Garcia – “Sonhava em visitar esse local desde que vi as imagens captadas pelo renomado Michael Goh, cujo trabalho também foi destaque nesse concurso em anos anteriores”, diz Garcia sobre o deserto de Pinnacles, na Austrália. “´É uma área sagrada para o povo Noongar, donos tradicionais dessa terra, e no passado era acessível apenas para mulheres. Reza a lenda que essas rochas calcárias não passam de fantasmas petrificados dos homens que ousaram entrar e foram punidos eternamente pelos deuses”, comenta ele.

Lut Glow, por Isabella Tabacchi – A fotógrafa capturou a foto no deserto de Lut, no Irã, usando uma Hasselblad X1D II com lente XCD 30 mm – é incomum ver fotos do céu noturno capturadas com câmeras de médio formato. “É uma formação rochosa Lut sob a Via Láctea. Passei a noite toda, do pôr ao nascer do sol, fazendo fotos daquele céu incrível. Consegui capturar um brilho verde no ar sob a Via Láctea atrás das impressionantes formações rochosas no lugar mais quente da Terra”, explica Tabacchi.

A Via Láctea sobre Cuenca, por Luis Cajete – “Uma das minhas paixões é capturar grandes panoramas por meio da fotografia noturna. Morando em uma cidade grande, sempre lutei contra a poluição luminosa intensa. É por isso que passei anos procurando lugares onde pudesse realmente apreciar a beleza das estrelas. Testemunhar o arco da Via Láctea é uma experiência absolutamente inspiradora”, explica Cajete. Ele vasculhou o local durante o dia em busca de uma área com um primeiro plano intrigante e dinâmico. Usando o acessório de rastreamento equatorial iOptron SkyGuider Pro, Cajete fez uma exposição de dois minutos do céu.

Via Láctea erguendo-se sobre o Monte Taranaki, por de Brendan Larsen – “Colocar a Via Láctea alinhada sobre o Monte Taranaki, na Nova Zelândia, a partir desse local, significou uma madrugada, já que não se consegui o alinhamento até as 2h30 da manhã. Mas estava ansioso para aproveitar ao máximo o céu claro naquela noite”, diz Larsen, que ficou muito satisfeito com a quantidade de cores que consegui capturar.

Noite sob os baobás, por Steffi Lieberman – Um excelente panorama de Madagascar que mostra os baobás tradicionais da região sob um belo arco da Via Láctea. “Essa foto significa muito para mim e foi muito difícil consegui-la. Desde as condições da estrada até os seguranças armados me protegendo enquanto fotografava, foi tudo uma aventura”, conta Lieberman.

South of Home, por Lorenzo Ranieri Tenti –“Minha jornada para a Namíbia, particularmente para a área de Erongo, foi uma aventura extraordinária, pois mergulhei na beleza cativante do céu noturno do sul. Fiz a foto na Reserva Natural de Gross Spitzkoppe, onde a Via Láctea do sul estende-se por uma notável formação de rochas de granito liso. Essa área possui um charme único, com o Monte Spitzkoppe sendo a característica proeminente por quilômetros, elevando-se a 700 metros acima da savana sem fim”, explica Tenti. Ele fez a exposição do céu com uma lente 35 mm e registrou o primeiro plano com uma 20 mm para juntar as duas imagens no final.

O Vale dos Cactos, por Pablo Ruiz García – O fotógrafo fez a imagem durante sua primeira viagem para fotografar a Via Láctea no hemisfério sul, em no Deserto do Atacama, Chile. “A foto que estou foi feita no Cactus Valley, uma área deslumbrante do Deserto do Atacama onde é fácil compor fotos com o céu noturno. Consegui incluir as duas nebulosas com os cactos icônicos do vale”, diz García.

The Cathedral Light Show, por Roksolyana Hilevych –A foto combina um céu noturno brilhante, paisagem dinâmica e belas flores e um meteoro fortuito, já que às vezes é preciso um pouco de sorte. “Esse foi definitivamente o melhor momento que já tive durante uma sessão noturna. Só acontece uma vez na vida”, diz Hilevitch. “Foi a primeira e única vez que vi um meteoro tão brilhante. Iluminou tudo ao redor, fazendo parecer dia por alguns segundos”, acrescentou a fotógrafa.

Astroexperiência em La Palma, por Jakok Sahner – A foto mostra La Palma e as Ilhas Canárias sob um céu noturno incrível. “Na primeira noite da viagem, estava exausto de uma longa viagem e sem dormir, mas não resisti em sair para capturar com o céu claro. No entanto, gostaria de alertar que explorar o terreno à noite pode ser perigoso e só deve ser feito por quem está familiarizado com isso”, alerta Sahner.

O Trem Noturno, por Alexander Forst – “Fotografei o trem noturno no Viaduto Wiesener, na Suíça. É de uma série de fotos de pontes que comecei há dois anos”, diz Forst. Parar o movimento é uma coisa comum, mas não tão corriqueira na fotografia noturna, na qual os movimentos se tornam linhas longas e abstratas devido ao longo tempo de exposição. “Há dois anos, comecei a experimentar a imobilidade de objetos em movimento na fotografia noturna e criei uma técnica para tornar isso possível. Fotografei o trem durante a hora azul, ao anoitecer, e as luzes do trem à noite”, explica Forst. Ele ensina que fotografar projetos complexos como esse, a ordem é muito importante. Depois de montar o equipamento e encontrar a perspectiva certa, a primeira coisa que ele fez foi fotografar o trem; então, quando a noite caiu, o primeiro plano e as luzes do último trem; e, finalmente, a Via Láctea. Em seguida, usou o Photoshop para sobrepor as fotos do primeiro plano e as fotos da Via Láctea.

A paisagem que eu queria ver, por Mitsuhiro Okabe – Uma foto que grita “Japão”, apresentando um cenário que inclui um templo e o Monte Fuji durante a estação das cerejeiras em flor. “O Monte Fuji, símbolo icônico do Japão, domina o pano de fundo desta imagem, ambientada durante a estação das cerejeiras em flor. Em meio à paisagem, você pode ver um templo sagrado dedicado a honrar os espíritos dos que partiram. E ali, contra a tela escura do céu noturno, a beleza etérea da Via Láctea apareceu”, explica Okabe.

O Portal da Árvore da Garrafa, por Benjamin Barakat – Imagem feita durante uma viagem do fotógrafo à remota Ilha de Socotra, no Iêmen. “As noites na mística ilha de Socotra são inesquecíveis, especialmente sob o abraço das árvores mais estranhas e bonitas que já vi. Seus troncos retorcidos pareciam contar histórias dos tempos antigos, enquanto as flores rosa desabrochando adicionavam um toque de beleza etérea”, explica Barakat.

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