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05-2023

Canon pode quebrar monopólio da Samsung na produção do avançado display QD-OLED

A estrutura de um display de diodo orgânico emissor de luz de ponto quântico (QD-OLED)

A Canon está desenvolvendo seu próprio processo para ter visores de diodo orgânico emissor de luz de ponto quântico (QD-OLED) que não usa metais raros, colocando-a em posição de competir com a Samsung, o único fabricante atual de displays com essa tecnologia. O QD-OLED foi introduzido pela primeira vez há dois anos em telas de TVs e hoje é um grande avanço, que pode melhorar muito os visores eletrônicos das câmeras digitais.

Os painéis OLED são uma das tecnologias de exibição mais populares atualmente no mercado devido à sua excelente reprodução de cores, tempo de resposta instantâneo e alta capacidade de renderizar tons de pretos. Eles são a base de quase todos os visores eletrônicos dos principais fabricantes de câmeras – razão pela qual os visores dos modelos mirrorless mais modernos parecem tão realistas. Já o QD-OLED é uma tecnologia de exibição híbrida que combina o OLED tradicional com pontos quânticos para produzir um resultado ainda melhor. 

Veja a diferença de definição entre um display OLED (à esq.) e um QD-OLED (à dir.)

A Canon está prestes a romper com o monopólio Samsung, segundo relata a revista semanal japonesa Nikkei Asia: a empresa desenvolveu um novo material para a tecnologia QD-OLED que não depende do índio (número atômico 49), um metal raro produzido em quantidades extremamente pequenas e extraído principalmente na China. Os painéis QD-OLED da Samsung contam com fosfeto de índio para sua iluminação, mas a Canon conseguiu alcançar o mesmo resultado usando um metal muito mais comum, acessível e reciclável: o chumbo.

O chumbo, no entanto, tinha levado a resultados menos desejáveis ​​em displays OLED, mas a Canon aparentemente encontrou uma maneira de contornar isso graças à sua ampla experiência com o material em sua divisão de tintas e toners de impressoras. A empresa afirma ter criado um composto à base de chumbo que é tão durável quanto o índio.

Veja a comparação entre o display OLED e o QD-OLED já usado em TVs da Samsung

O Nikkei Asia informa que o custo do material da tecnologia de pontos quânticos da Canon pode custar um centésimo do da Samsung, ao mesmo tempo em que reduz a dependência do índio extraído na China. Resta saber se a abordagem da Canon ao design do display pode realmente competir com a qualidade que a Samsung já tem. Caso possa, o custo para produção cairia e os tornaria muito mais acessíveis para uma variedade de usos.

Quando a Samsung fabricava câmeras digitais, foi uma das primeiras a usar o display OLED

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