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05-2023

Brasileiro Felipe Dana ganha o Pulitzer 2023 com equipe da Associated Press

A Columbia University anunciou os ganhadores do 107º Prêmio Pulitzer, incluindo os vencedores nas duas categorias de fotografia: a equipe de fotografia da agência de notícias Associated Press (AP) e a repórter fotográfica Christina House, do jornal “Los Angeles Times”, foram os principais destaques. O brasileiro Felipe Dana faz parte da equipe premiada, ao lado de fotógrafos de grande experiência, como Evgeniy Maloletka, Emilio Morenatti, Rodrigo Abd, Bernat Armangue, Nariman El-Mofty e Vadim Ghirda.

Funcionários de emergência e policiais ucranianos socorrem a grávida ferida Iryna Kalinina de uma maternidade danificada por um ataque aéreo russo em Mariupol, Ucrânia, em março de 2022_ Foto de Evgeniy Maloletka_AP

Os fotógrafos da AP receberam o Pulitzer de 2023 pelo seu trabalho, com imagens únicas e dramáticas, das primeiras semanas angustiantes da invasão da Ucrânia pela Rússia, incluindo a devastação generalizada da cidade de Mariupol depois que outros veículos de notícias deixaram a cidade para se abrigar em um território menos perigoso. São imagens fortes, que incluem momentos difíceis das vítimas dos ataques russos às cidades ucranianas e à infraestrutura civil, além de mostrar a determinação e a resiliência dos ucranianos diante dos horrores da guerra.

Ucranianos se aglomeram sob uma ponte destruída enquanto tentam fugir cruzando o Rio Irpin nos arredores de Kiev, Ucrânia, em março de 2022_Foto de Emilio Morenatti_AP
O casal abrigado debaixo de uma lona em um beco em Hollywood, Los Angeles_ Foto Christina House_Los Angeles Times

Essa é terceira vez que um fotojornalista brasileiro de uma equipe internacional recebe o Pulitzer de Fotografia. Ueslei Marcelino, da agência Reuters, foi premiado em 2019 em razão da cobertura da caravana de imigrantes, uma longa jornada de cerca de três mil hondurenhos rumo à fronteira com os Estados Unidos, passando pelo México, para tentar entrar em território americano. Já o primeiro a ter a honra de ganhar o Pulitzer foi Maurício Lima, em 2016, com trabalhos feitos com a equipe do jornal “The New York Times” na cobertura da crise de refugiados da Síria, do Iraque e do Afeganistão, que fugiam dos conflitos e da violência em seus países rumo à Europa.

Explosão atinge um prédio de apartamentos depois que um tanque do exército russo disparou contra ele em Mariupol, Ucrânia, em março de 2022_ Foto de Evgeniy Maloletka_AP
Mckenzie Trahan, de 22 anos, com seu namorado Eddie, de 26, perto de sua tenda em Hollywood, Los Angeles_Foto Christina House_Los Angeles Times

Moradora de rua

Por ter documentado com muita intimidade a vida de uma mulher grávida de 22 anos moradora de rua em Los Angeles (EUA) durante um período de quatro anos, a fotógrafa Christina House, do Los Angeles Times, ganhou o Prêmio Pulitzer de 2023 em Fotografia de Destaque. House ingressou na equipe de jornalismo visual do jornal californiano em 2017, depois de passar uma década como fotógrafo freelancer. Nascida e criada na Califórnia, a paixão pela fotografia começou quando ela tinha apenas sete anos, durante uma visita ao país natal de sua mãe, as Filipinas. Os prêmios anteriores da fotógrafa incluem o Cliff Edom New America de 2021 e uma homenagem por seu trabalho em “Game Changers: A Celebrations of Women in Sports” da National Press Photographer’s Association.

Nadiya Trubchaninova chora ajoelhada ao lado do caixão com os restos mortais de seu filho de 48 anos durante o funeral no cemitério de Mykulychi, nos arredores de Kiev, Ucrânia, em abril de 2022 _ Foto de Rodrigo Abd_AP
Uma mulher caminha entre tanques russos destruídos em Bucha, nos arredores de Kiev, na Ucrânia, em abril de 2022_ Foto de Rodrigo Abd_AP
Mckenzie Trahan emocionada ao ver a filha recém-nascida no hospital_Foto Christina House_Los Angeles Times

Na série vencedora do Pulitzer, ela seguiu Mckenzie Trahan enquanto ela vivenciava sua gravidez nas ruas com seu namorado, Eddie, de 26 anos. A jovem Trahan tem uma vida traumática desde muito cedo por viver em uma família disfuncional, tendo fugido de casa aos 11 anos. Desde essa época, ela entrou e saiu de centros de detenção juvenil, prisões e lares adotivos. Trahan já acumulou três condenações criminais na fase adulta.

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