12-2016
Confira as fotos vencedoras do Nature Photographer
A primeira edição do concurso Nature Photographer of the Year definiu o francês Greg Lecoeur como vencedor geral e da categoria Ação. Na página do concurso é possível conferir todas as imagens enviadas e as mais populares pela votação do público e demais participantes. As imagens vencedoras e menções honrosas, porém, foram escolhidas por um júri da revista.
Lecoeur ganhou uma viagem de dez dias para Galápagos, ilha pertencente ao Equador famoso por ter sido objeto de estudo do cientista inglês Charles Darwin. Os primeiros colocados de cada categoria levaram US$ 2.500, os segundos, US$ 750 e um livro da National Geographic, e os terceiros, US$ 500. Confira abaixo as histórias vencedoras e acompanhe as fotos na galeria acima.
Categoria Ação
Para presenciar o momento fotografado, o francês Greg Lecouer esperou cerca de duas semanas, durante uma viagem à África do Sul, até que localizasse um cardume de sardinhas em migração. O fenômeno tem se tornado cada vez mais raro devido à caça humana e aquecimento global. Na ocasião, pôde presenciar o movimento dos peixes, e as disputas com golfinhos e gannets (espécie de ganso marinho) que se alimentam deles.
Em segundo lugar na categoria Ação, aparece a foto da americana Tori Shea-Ostberg, com registro de um tornado na cidade de Wray, no Colorado. O tornado recebeu a classificação de EF2 na escala Enhanced Fujita (Fujita Melhorada, em tradução livre), o que indica um tornado de média intensidade.
Em terceiro lugar ficou o húngaro Zsolt Kudich, que fotografou uma garça-branca para homenagear o trabalho de conservação da espécie em seu país. O animal estava extinção na Hungria em 1921, com apenas 31 casais restantes, e desde então foi feito um cansativo trabalho de proteção da espécie.
Categoria Paisagem
O holandês Jacob Kaptein foi o primeiro colocado em Paisagem. A foto foi feita na floresta Leuvenumse, e ao entrar nela, se deparou com o pequeno galho submerso pela água, já que a região é frequentemente alagada pelos canais estreitos. Ele voltou diversas vezes ao local, até que em uma noite, conseguiu as condições perfeitas para captar a imagem. Ele ficou cerca de uma hora fotografando na água fria.
A foto do segundo lugar foi a do italiano Alessandro Grussa, que visitou a cadeia rochosa das Dolomitas, no nordeste da Itália, logo nos primeiros dias de inverno, em que as baixas temperaturas já tinham congelado o lago e a folhagem. Escolheu fotografar no amanhecer para aproveitar a luz suave e diminuiu a velocidade na exposição para captar o movimento das nuvens.
Uma nuvem de tempestade desenvolveu-se isoladamente em cima do Oceano Pacífico, a alguns quilômetros do sul da costa da Cidade do Panamá, e rendeu ao espanhol Santiago Borja o terceiro lugar da categoria. Cumulonimbus é o nome da classificação das nuvens que formam tempestades e têm o formato de bigorna. É ocasionada pela inversão de temperaturas, ou seja, quando a temperatura na terra é maior do que a da atmosfera. A foto foi iluminada somente pela claridade de um relâmpago.
Categoria Animais
O indiano Varun Aditya conquistou o primeiro lugar da categoria Anims com uma foto feita enquanto ele caminhava pela floresta de Amboli, na Índia, durante uma manhã úmida e enevoada. Eis que, distraído, diz ter encontrado a serpente paranaboia, com cerca de 20 cm, e trocou as lentes macro por uma grande angular para o efeito diferenciado do animal.
O americano Michael O’Neill fez a divertida foto em um lago de Miami, nos Estados Unidos, e ficou com o segundo lugar. A fêmea da espécie Tucunaré, nativa do Brasil, estava rodeada pela prole, que a segue a mãe até que sejam grandes o suficiente para conseguirem caçar sozinhos. A espécie chegou na cidade em meados dos anos 1980 para controlar o número de tilápias e outras espécies predatórias.
A imagem de dois exemplares da espécie Empusa pennata, da mesma família do louva-deus, que pareciam brincar, deu ao espanhol Jose Pesquero Gomez o empate no terceiro lugar da categoria. Ele visitou por cerca de quatro meses um bosque do vilarejo Las Rozas, próximo de Madri, e no período, detectou quatro insetos, cada um vivendo na própria planta. Ele conta que um dia, porém, pôde ver dois compartilhando a mesma folhagem, e não perdeu tempo em registrar o momento em que parecem brincar.
A ilha de Skomer, no País de Gales, é conhecida pela natureza abundante e por abrigar a maior colônia de papagaios-do-mar, aves simpáticas que vivem principalmente no norte do Oceano Atlântico e sofrem com a caça. O espanhol Mario Suarez Porras aproveitou que os animais dessa ilha já estão acostumados à presença humana e aproximou-se de um para fazer a fotografia, também classificada no terceiro lugar da categoria Animais.
Categoria Problemas ambientais
O primeiro lugar foi dado ao russo Vadim Balakin, que durante uma expedição a Noruega, fotografou a carcaça de um urso polar. A causa da morte é incerta, mas o fotógrafo afirma que, pela arcada dentária ainda em bom estado, é possível que ele tenha morrido jovem e de fome.
A imagem aérea de uma salina em São Francisco, nos Estados Unidos, foi o que deu ao americano Chris McCann o segundo lugar da categoria. A área fotografada fica próxima à gigantesca sede do Facebook, na qual trabalham cerca de 4 mil pessoas. Aproximadamente 16.500 acres da zona mais úmida de São Francisco são ocupados por salinas, nas quais a salinidade é indicada pela coloração de cada lagoa. Na imagem, é mostrada uma salina com altíssima concentração.
No terceiro lugar, ficou a fotografia microscópica da galesa Eleanor Ryder, que a fez em um laboratório da Universidade de Falmouth, na Inglaterra, e mostra partículas de plástico em um delineador. A química que garante durabilidade, brilho e cor nesse e outros produtos cosméticos são feitos de plástico. Sendo assim, quando se lava a maquiagem do rosto, mistura-se o plástico com a água, e contribuindo para os trilhões de micropartículas que infestam os oceanos.