11-2025
Confira as grandes imagens premiadas do Pano Awards 2025
Os vencedores da 16ª edição do Epson International Pano Awards foram anunciados e um dos destaques é o espanhol Daniel Viñé Garcia, ganhador do Prêmio Epson de Arte Digital e do Prêmio Planeta Bruto. Garcia entrou numa competição com cerca de 4.500 inscrições em 2025, com centenas de fotógrafos profissionais e amadores de várias partes do mundo que concorreram nas categorias profissional ou amadora, com subcategorias para Natureza/Paisagem e Ambiente Construído/Arquitetura. O Prêmio Epson de Arte Digital foi decidido pela equipe executiva da Epson Austrália enquanto o Prêmio Planeta Bruto é concedido à imagem composta com a maior pontuação na competição Aberta. Além desses prêmios, o concurso também ofereceu outro dois: o de Fotógrafo do Ano da Região Sudeste Asiático, escolhido pela equipe executiva da Epson Sudeste Asiático; e o Prêmio do Curador, escolha feita diretamente pelo curador David Evans, que elege a foto que considerou sua favorita na competição.

Foto de Daniel Viñé Garcia realizada em Hoi An, no Vietnã
Daniel Viñé Garcia conquistou o Prêmio Epson de Arte Digital com uma imagem feita em Hoi An, no Vietnã. Segundo Garcia, nessa vila costeira a sobrevivência se tece no silêncio: as mulheres, trabalhando na sombra da manhã e no ar salgado, são as guardiãs invisíveis da subsistência. As redes que elas consertam não são meras ferramentas, mas sim laços vitais que unem o mar e a comunidade. “O anonimato as transforma de indivíduos em arquétipos – a espinha dorsal duradoura de uma longa tradição. O que o oceano destrói, elas restauram, garantindo que cada maré possa retornar com promessas. Eles não enfrentam as ondas, mas o mar depende de suas mãos”, diz o fotógrafo.

Mais uma foto premiada de Viñé Garcia, desta vez feita em Hanksville, Utah, EUA
Para obter o Prêmio Planeta Bruto, Daniel Viñé Garcia foi até a região de Hanksville, em Utah, nos EUA. Ele conta que na viagem pelo sudoeste americano, um lugar sempre o fascinou foi Factory Butte, um monólito isolado cercado por um labirinto de badlands. “Lancei meu drone no ar calmo da noite, explorando as texturas e linhas esculpidas por séculos de erosão. Então, assim que o sol se pôs, o cume projetou sua imensa sombra sobre a paisagem. Percebi que estava testemunhando um alinhamento fugaz de luz e forma”, afirma.

A migração dos gnus no Quênia deu prêmio a Willian Chua, de Singapura
Willian Chua, de Singapura, foi escolhido o Fotógrafo do Ano do Sudeste Asiático na categoria Aberta com uma imagem em P&B da migração de gnus no Quênia, leste da África. Embora já tenha acompanhado esse fenômeno de comportamento animal várias vezes, Chua diz que fotografar esse cenário de caos exige muita paciência e, claro, um pouco de sorte. O segredo, diz ele, é ter calma e pensar cuidadosamente em como enquadrar a história que se desenrola diante de você. “Para a imagem premiada, o que me chamou a atenção foi um gnu solitário voltando em meio ao frenesi. Naquele instante, soube que era aquela a foto que eu queria”, explica Chua.

O Prêmio do Curador ficou com o americano Chris Byrne com foto do Monte Rainier, no estado de Whashington
O Prêmio do Curador ficou com o americano Chris Byrne com uma foto realizada no Monte Rainier, de 4.932 metros, que pode ser avistado de Seattle, no estado de Washington. Byrne explica que durante os meses de agosto, no final do verão, as áreas alpinas desse monte ganham vida com flores silvestres. Começam nas altitudes mais baixas e desabrocham nas mais elevadas à medida que os dias passam. “Quando algumas nuvens de tempestade começaram a se dissipar a leste, eu sabia que haveria uma abertura no horizonte e esperei propositalmente até que os últimos raios de sol iluminassem o campo de flores com aquela bela luz lateral e de fundo, criando a profundidade que eu desejava na imagem. Apenas um minuto depois de apertar o obturador, a luz e o drama desapareceram”, comenta ele.

A incrível foto do russo Vitaly Golovatyuk mostrando Hong Kong foi a melhor em Ambiente Construído, a melhor Aérea e a melhor Vertical
O russo Vitaly Golovatyuk foi o vencedor na categoria Ambiente Construído Aberto/Arquitetura com uma imagem captada em Hong Kong, China – essa imagem ainda foi segundo lugar na categoria Geral, foi a imagem Aérea com a maior pontuação e imagem Vertical também com maior pontuação. Foi capturada do Pico Vitória ao pôr do sol com um drone DJI Phantom 3 Pro. Como experimento técnico, ele fotografou manualmente um panorama de 48 imagens, fez a “costura” via software e depois uma inversão meticulosa da composição, transformando a cidade e o céu em uma paisagem abstrata e fascinante.

A foto em P&B do espanhol Pedro Nogales foi a ganhadora em Ambiente Construído entre os amadores
Na categoria Ambiente Construído Amador/Arquitetura o ganhador foi o fotógrafo espanhol Pedro Nogales, que obteve um imagem espetacular em P&B de uma das quatro torres que compõem o distrito financeiro de Madri – mais especificamente, trata-se da Torre PwC, o terceiro arranha-céu mais alto da Espanha (236 metros). Seus arredores se integram a áreas ajardinadas, que conectam os espaços entre esses gigantes de concreto. O arranha-céu surge através de uma abertura que inevitavelmente evoca a paleta de um pintor, convidando-nos a imaginar um mundo criado antes mesmo de ser retratado”, diz Nogales.

O americano Kevin Nyun recebeu o prêmio de Fotógrafo Amador do Ano com uma imagem feita no Altiplano da Bolívia
O americano Kevin Nyun foi eleito o Fotógrafo Amador do Ano e ainda arrebatou o primeiro lugar na categoria Natureza/Paisagem com uma imagem captada no Altiplano da Bolívia no seu último dia de viagem. Depois da má sorte com três dias seguidos de céu encoberto, as nuvens se dissiparam e ele pode realizar a foto que idealizava. Para ele, o grande desafio é vencer a dificuldade de acesso a locais remotos e a uma altitude de quase 5 mil metros acima do nível do mar. A neve, que chegou bem antes do imaginado, foi mais um elemento usado na composição da imagem – feita com drone com a ferramenta de panorama. O resultado formal é uma “costura” de 21 fotos de exposição única, unidas no Lightroom e processadas no Lightroom e no Photoshop.


