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10-2025

Concurso de imagens analógicas tem húngaro como destaque em 2025

O concurso International Film Photography Awards, promovido pela Analog Sparks (@analog_sparks) chegou à sua terceira edição com um recorde de participação: cerca de 1.800 inscrições de 61 países. Como o nome sugere, o concurso é inteiramente dedicado à fotografia analógica e está aberto a fotógrafos profissionais, amadores e estudantes que trabalhem com técnicas tradicionais. Em 2025, foram oito categorias: Arquitetura, Belas Artes, Humanidade, Estilo de Vida, Natureza, Fotojornalismo, Técnica e Zines-Fotolivros. Além disso, são definidos o Fotógrafo do Ano – que em 2025 foi o húngaro Péter Varsics, também ganhador da categoria Arquitetura – e a Descoberta do Ano – título deste ano foi dado à americana Raquel Jump, estudante da Universidade do Novo México.

Uma das imagens da série “Fantasmas de Pannenhuis”,  feita numa estação de metrô de Bruxelas

Péter Varsics foi o destaque do concurso “Fantasmas de Pannenhuis”,  série fotográfica que captura a presença humana fugaz na estação de metrô retrô-futurista de Pannenhuis, em Bruxelas, Bélgica. Segundo Varsics, sob uma geometria fria de concreto, a estação se torna um espaço onde os passageiros comuns parecem fantasmagóricos – figuras momentâneas assombrando um sonho arquitetônico austero. O projeto, diz ele, explora a beleza sinistra do trânsito e a tensão entre permanência e passagem.

Imagem que faz parte do ensaio “Todo mundo é Ícaro”, de Raquel Jump, que aborda um problema familiar íntimo

Já a revelação Raquel Jump apresentou o ensaio em P&B “Todo mundo é Ícaro”, que se concentra nas consequências dos resultados de testes genéticos de seu pai, que revelaram uma doença hereditária que aumenta a suscetibilidade dele e de seus filhos ao câncer. “O projeto explora minha família e nossos esforços para proporcionar conforto e resiliência uns aos outros. Por meio dessa colaboração, guiamo-nos mutuamente diante do peso de algo recém-descoberto, apoiando-nos mutuamente”, afirma ela.

Uma das imagens da série do italiano Matteo Galluci feita nas ruas de Nova York com uma antiga Rolleiflex

A maior parte dos trabalhos são séries fotográficas ou ensaios, como Varsics e Jump, e ainda o italiano Matteo Gallucci, vencedor da categoria Estilo de Vida, que sai pelas ruas de Roma e Nova York com uma antiga Rolleifex pendurada no pescoço captando cenas do cotidiano nessas icônicas cidades. Nesse grupo também se inclui o canadense Bill Hao, vencedor da categoria Técnica, que criou uma câmera de formato extragrande (32 x 48 polegadas) e utilizou o processo de colódio Wetplate para capturar paisagens, como das Montanhas Rochosas do Canadá. Ele converteu um ônibus de turismo com 50 lugares em uma câmara escura móvel independente, pois esse processo exige revelação imediata após a exposição.

Imagem em colódio do canadense Bill Hao revelada em um ônibus transformado em câmara escura

Mas há também premiação para fotos únicas, situação em que a australiana Kyle Hoffmann foi a vencedora na categoria Belas Artes como uma foto de natureza morta intitulada “Waratah”. Ela é parte de uma série maior chamada “Fóssil”, que mostra uma coleção apresenta plantas pré-históricas que evoluíram antes da existência das abelhas. Ou de Hengki Koentjoro, da Indonésia, vencedor da categoria Natureza com a imagem “Gibbon Falls”, feita com uma câmera de grande formato (4×5 polegadas), no Parque Nacional de Yellowstone, Wyoming, EUA.

Natureza morta da fotógrafa australiana Kyle Hoffmann, batizada de “Waratah”, vencedora em Belas Artes

As imagens inscritas foram avaliadas por um júri internacional independente e os vencedores receberão prêmios em dinheiro e terão suas obras serão apresentadas em três exposições nas galerias House of Luxie em Atenas, Grécia; Ostuni, Itália; e Budapeste, Hungria. Para ver a galeria completa de imagens vencedoras acesse www.analogsparksawards.com.

Foto captada com uma câmera de grande formato pelo indonésio Hengki Koentjoro no Parque Nacional de Yellowstone

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