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02-2017

Comer e fotografar

O empresário Fernando Nobre, 49 anos, sempre gostou de cozinhar. Mas preparar pratos para os amigos não era o suficiente. Então, foi estudar gastronomia e escolheu uma escola na Califórnia, Estados Unidos, para se formar chef de cozinha. Fernando também gosta de fotografar. Entretanto, fazer fotos das férias e dos amigos parecia pouco. Entrou em uma faculdade de fotografia para também se especializar nesse segundo hobby. Levando a sério suas duas paixões, ele ousou e criou o ensaio Facefood.

O fotógrafo gosta muito de fazer retratos, tanto que montou um pequeno estúdio portátil em casa com dois flashes Mako 3003 Plus, um hazy e um striplight. Quando surgiu a ideia, Fernando convidou amigas modelos para participarem do projeto em que faria retratos delas usando acessórios feitos de comida, como carne, camarão, macarrão, peixe. “Nenhuma delas fez qualquer restrição. Nem a modelo em que eu enrolei bacon no cabelo”, lembra. Com a ajuda da mulher, Val, Fernando criou todos os acessórios.

Modelo e comida

O fotógrafo fez 22 imagens para o ensaio e tinha um prazo para terminar porque havia uma exposição programada no Centro Europeu de Curitiba, capital paranaense onde ele mora há 34 anos. “Sobrou modelo querendo participar e ideias para executar. Mas não dava mais tempo”, explica Fernando, que fez todas as imagens no quintal da sua casa com uma DSLR Nikon equipada com uma objetiva macro Nikkor 105 mm f/2.8. As fotos também passaram por um tratamento no Photoshop. “Procurei fazer um tratamento um pouco mais forte na pele das modelos para ressaltar o contraste da beleza feminina com a textura dos alimentos”, diz.

Cada modelo foi escolhida para combinar com os alimentos selecionados e preparados pelo próprio Fernando. “Fui evoluindo a combinação. Para as fotos do macarrão, que é amarelo, precisava de uma modelo de olho bem azul para dar um contraste de cor”, explica. Todas as modelos gostaram de participar do ensaio, informa Fernando. Mesmo as que tiveram de aguentar o cheiro forte no cabelo, como as das fotos do queijo e do bacon.

Antes de se aventurar em retratos, ele fez questão de passar por quase todos os segmentos da fotografia para descobrir com qual área mais se identificava. Ao fazer cursos e workshops, percebeu que gastronomia e retrato eram os segmentos em que conseguia os melhores resultados e se sentia mais feliz. E o Facefood foi o melhor casamento possível das duas paixões.

 

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