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10-2016

As paisagens por um olhar de publicitário

Quando Mariana, filha do paulistano André Figueiredo, nasceu, ela despertou no publicitário duas paixões: de pai e pela fotografia. Para não perder nenhum momento da menina, André explorou todos os recursos da Nikon Coolpix semiprofissional que tinha em casa. Com o tempo, aquela câmera não era mais suficiente para fazer as fotos que queria e investiu em uma Canon EOS Rebel T2i. Por ser uma pessoa que sempre gostou muito de observar o céu, o horizonte, as árvores e tudo a sua volta, logo se apaixonou pela fotografia de natureza e começou a estudar o assunto lendo revistas especializadas, sites e fóruns na internet.

A paixão pela fotografia de paisagem surgiu quando fez a primeira viagem para o Deserto do Atacama, em 2011. “O lugar era muito sensorial e com paisagens que nunca tinha visto. Ali, tive a certeza de que queria me aprofundar no assunto”, lembra.

Inspirado no trabalho dos americanos Ansel Adams e Marc Adamus, do brasileiro Sebastião Salgado, do inglês Nick Hall e do australiano Peter Lik, André passou a participar de expedições fotográficas para explorar lugares que não iria com a família e também para aprender mais sobre fotografia. “Todos os anos me programo para fazer duas viagens: 15 dias para um lugar que minha mulher e minha filha vão curtir, e outros 15 com minha outra família: minhas lentes e a minha câmera”, brinca.

Na bagagem, André leva a Canon EOS 5D Mark III, a telezoom 100-400 mm f/5.6 com um duplicador para fazer fotos de detalhes, a 15-35 mm f/2.8, a 14 mm fixa f/2.8 e a 50 mm fixa f/1.8, um filtro ND, um polarizador, um flash e dois tripés. Com esses equipamentos, se esforça para fazer fotos que precisem de pouca pós-produção. “Gosto de fazer imagens o mais próximo da realidade que vejo. Trabalho apenas um pouco no contraste e equilíbrio de branco no tratamento”, explica.

Agência e as paisagens

As duas décadas de experiência como publicitário ajudaram o fotógrafo a saber compor uma imagem e também estar sempre atualizado sobre as tendências do mundo da fotografia, seja em estética ou em equipamentos. O hobby também é uma forma de André explorar o seu lado mais autoral. “Na propaganda, você trabalha com muitos processos e muitas etapas de criação. Algumas vezes, o que prevalece é o gosto do cliente, causando algumas pequenas frustrações quando algo que você criou não é aprovado. Na fotografia não tenho esse problema. É o meu pensamento alinhado com o que estou vendo traduzido em uma foto. É onde eu realizo meu lado autor”, conta.

Devido o interesse pela fotografia, André costuma acompanhar os ensaios fotográficos para as campanhas da agência, o que antes designava a algum assistente de criação. “A fotografia me melhorou como publicitário, e a publicidade me faz um fotógrafo melhor”, costuma dizer.

Sem qualquer pretensão de largar a carreira na publicidade, André Figueiredo leva o hobby de fotografia a sério. Tem dezenas de imagens à venda na agência Getty Images e já fez uma exposição individual com suas fotos no Atrium Shopping, em Santo André, na Grande São Paulo.

 

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